Catando Inquietudes...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Nao importa o quão inteligente você seja...




É tao estranho ver minhas kids tão independentes nos seus 1 e 2 anos de vida. Praticamente não precisam de mim. O bb não precisa mais que eu pegue os brinquedos para ele. O Zane também está todo dono de si, dono da verdade, dono da decisão sobre com qual brinquedo seu irmão deve ou não brincar. Estranho. Fofo. Estão crescendo. Às vezes dá vontade que eles fossem 'piquinihus' pra sempre. Mas por outro lado é muito legal observar a capacidade de aprendizado das crianças. Como conseguem enfretar medos, desafios, etapas novas... E continuar brincando, como se o mundo não passasse de carrinhos, caminhões, bolas, TV.

Cada dia que passa me sinto mais orgulhosa por ver que as minhas doideras, por mais doidas que sejam, servem para ajudá-los a crescer, a evoluir. Fico toda boba de felicidade quando o bb chora quando eu saio de casa sem ele; ou quando ele abre aquele sorrizão e corre (entre seus tropeços) pros meus braços; ou quando o Zane mostra que se sente seguro ao meu lado e que confia em mim.

Ontem foi assim. Uma prova de fogo para mim e para ele. Deixei-o no childcare enquanto fui malhar.Ou tentar. A falta de coragem ultimamente tá muito persistente em permanecer ao meu lado. Preciso aposentá-la logo.

Então, o Zane não queria por decreto nenhum ficar lá. Meu coração ficou pequininin quando eu vi as lágrimas correndo pelo rostinho dele. Me lembrei do meu primeiro dia de aula. O quanto eu chorava porque não queria ficar longe da minha mãe. A sensação foi a mesma. Parecia que eu estava sentindo o que minha mãe estava sentindo. Um aperto no coração por ter que deixar os dois babies ali. POr falar nisso, o Zader, o menorzinho, nem sequer se importou se eu estava ou não ali. Já foi logo brincar. Fofo.

Com um aperto no coração, sai de lá. Convenci a mim mesma que eu tinha que malhar. Não ia usar isso como desculpa né? Mais uma. E outra, era só por 40 minutos... Boa maneira de me convencer.

Para recompensá-los, depois fomos pra piscina e tivemos um fim de manhã maravilhoso! Mas acho que o bebê engoliu muita água... kkkkk.... Eu colocava ele debaixo d'água pra forçá-lo a nadar. kkk maldade.

Fiquei pensando em todas as coisas que eles estão aprendendo comigo e todo o mundo de experiências novas que eu aprendo a cada segundo com eles. Me sinto praticamente mãe deles. Ou como a minha host fala para o bb, sou "a outra mulher da vida dele". A primeira é ela, claro. Bom, ela acha que é.

Mas todo esse pensamento bom sumiu quando cheguei no shopping e ouvi uma senhora conversando com duas menininhas. Deveriam ter entre 7 a 10 anos. A frase que me chocou foi bem assim, "NÃO IMPORTA O QUÃO INTELIGENTE VOCÊ SEJA, SEMPRE TERÁ ALGUÉM MAIS INTELIGENTE QUE VOCÊ." Como assim? Como você subestima a capacidade de uma criança? Fiquei me perguntando para que então eu perdia meu tempo estimulando a aprendizagem das minhas crianças, elogiando cada coisa nova que faziam, cada raciocínio elaborado, por mais simples que fosse, cada ação pensada e executada. Pra que elogiar e estimular se SEMPRE vai haver alguem mais inteligente que eles? Fiquei passada com aquela mulher. Vontade de chegar na cara dela e dizer umas boas verdades. Minha senhora, se você é frustada, se você não conseguiu tudo o que queria na vida, não transfira a culpa para essas meninas! Ao contrário de abalar a auto-confiança delas deveria era estimulá-las. Um "Good job!" faz toda a diferença para uma criança e até para nós mesmos. Acho que faltou alguém dizendo "Good job" pra você. Fim da picada viu.

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